Coisas que oiço, coisas que vejo mas não acredito...
Ideias e comentários para
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Caraças e insulina.
Eleições no Carnaval, belo país este que nós temos.
Perspectivando o que irá acontecer penso que já é altura de tomar partido.
E tomar partido é isso mesmo, é escolher uma facção, um lado da barricada. Como acredito no futuro, nos amanhãs que cantam e que o sol brilhará para todos nós, escolhi o Partido Comunista Português.
Bem não foi por isso que escolhi o partido.
Escolhi porque o meu corpo assim o ordenou. As últimas análises que fiz, acusaram – até que enfim que sou acusado de alguma coisa – tendência para diabetes e ácido úrico. Ora estou no bom caminho para me candidatar a militante do partido. Já só falta ter uma casa no Barreiro e carregar nos erres quando for à Avenida Luísa Tódi.
Agora que o PCP já correu com aquele irrequieto do Carvalhas todos os comunistas podem abraçar a causa e parece que já me estou a ver nas reuniões da célula ou da D.R. quando for para cantar o avante camarada:
"De pé camaradas ...bem vamos com calma, quase todos... ou melhor, os que puderem... isso o jovem lá do fundo... Arriba, vá!"
Fiz as pazes com o circo.
Até ontem pensava que o Circo era um conjunto de famílias com maus apelidos, que se escondiam em tendas e visitavam Portugal no Natal.
Uma malta que tinha o excêntrico hábito de criar animais esquálidos com problemas gástricos.
Uma pandilha que se fazia acompanhar de anões, deputados da nação, gémeas siamesas e outras aberrações.
É capaz de ser dos poucos sítios, tirando a sala de audiências, onde meninos e meninas, senhoras e senhores conseguem estar todos sentados e na mesma sala.
Mas ontem a minha vida mudou. Nem foi pelo facto dos palhaços ricos terem a orelha esquerda vermelha e encherem a cara de pó de arroz. Aliás eu considero isso um embuste. Estive a olhar, com atenção, para uma foto do Conselho de Administração do BCP e não estava lá ninguém com a orelha vermelha, estavam sim, três com os olhos pintados e dois com base.
O que me fez olhar para o circo com outros olhos foi ter visto a cartomante Maya em cima de um elefante.
É bonito ver a Maya montada em alguém mais velho e com mais memória que ela!
Viva o Circo.