Está tudo perdido
Coisas que oiço, coisas que vejo mas não acredito... Ideias e comentários para estatudoperdido@gmail.comquinta-feira, março 10, 2005
Este é para ti Fernando Alves.
Quando na parisiense madrugada de 31 de Agosto de 1997 tem o acidente naquela "inafundavel nau" de fabrico germânico, Diana, a princesa de Gales estava longe de saber o que iriam fazer 8 anos depois ao templo de Diana em Évora.
Onde estavam, na fria noite eborense, em ano de seca, os mesmos paparazzi que há 8 anos, como boieiros suíços, "conduziram" a princesa dos pobres para um túnel de onde nunca mais viu a luz. Onde estavam eles agora que não descortinaram, nas sombras das colunas coríntias, o bandido que estragou o maior legado da colonização romana na margem direita do Guadiana.
O facínora que aproveita a luz da lua, aquela luz da lua, que simbolizava a castidade da irmã gémea de Apolo, venerada por um povo ainda inculto.
O mesmo inculto que na noite medieva de Évora, que Vergílio Ferreira tão bem descreve na sua manuscrita "Carta ao Futuro", teve a ousadia de espichar de negro as pedras da cor do tempo, silenciadas pelo tiquetaquear dos relógios dos homens.
E que fica petrificado a contemplar a sua imperfeição digital, com a mesma displicência com que se fuma um cigarro e se bebe um sumo de laranja natural do Algarve, enquanto se espera pela revolução.
Onde estavam, na noite espaçosa da planície, aqueles que empurraram para o túnel da Alma uma Diana e que agora não estiveram para salvar outra, nem dispararam secamente sobre o bárbaro grafiteiro as suas armas de 35 mm...
Onde estavam, na fria noite eborense, em ano de seca, os mesmos paparazzi que há 8 anos, como boieiros suíços, "conduziram" a princesa dos pobres para um túnel de onde nunca mais viu a luz. Onde estavam eles agora que não descortinaram, nas sombras das colunas coríntias, o bandido que estragou o maior legado da colonização romana na margem direita do Guadiana.
O facínora que aproveita a luz da lua, aquela luz da lua, que simbolizava a castidade da irmã gémea de Apolo, venerada por um povo ainda inculto.
O mesmo inculto que na noite medieva de Évora, que Vergílio Ferreira tão bem descreve na sua manuscrita "Carta ao Futuro", teve a ousadia de espichar de negro as pedras da cor do tempo, silenciadas pelo tiquetaquear dos relógios dos homens.
E que fica petrificado a contemplar a sua imperfeição digital, com a mesma displicência com que se fuma um cigarro e se bebe um sumo de laranja natural do Algarve, enquanto se espera pela revolução.
Onde estavam, na noite espaçosa da planície, aqueles que empurraram para o túnel da Alma uma Diana e que agora não estiveram para salvar outra, nem dispararam secamente sobre o bárbaro grafiteiro as suas armas de 35 mm...
Para quem não sabe quem é o maior construtor do desconstruído emaranhado saltitante da língua de Luís Vaz:
http://www.tsf.pt/online/radio/index.asp?id_artigo=TSF159501&pagina=Interior
http://www.tsf.pt/online/radio/index.asp?id_artigo=TSF159501&pagina=Interior
Comentários:
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Melhor do que saber que existe um Fernando Alves no mundo, só mesmo saber que existe um Tiago Rocha que pode ser quem quiser, pelo menos em pensamento... Obrigada por partilhares connosco a tua originalidade desconcertante e a tua piada cheia de cor. Do melhor espera-se sempre no mínimo tudo e por isso, pela vida, contamos contigo para nos mostrares o mundo à tua maneira. Uma vénia merecida e um beijo soprado de longe...
# publicada por 
: 7:04 da tarde
: 7:04 da tarde
Sr Dr. Tiago Rocha;
Isto ja merecia uma actualização.
Um abraço, João Saraiva
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Um abraço, João Saraiva
# publicada por : 5:16 da manhã
: 5:16 da manhãSubscrever Enviar feedback [Atom]
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